5 août 2008

Noturno

Alexey Titarenko


Noturno
.....................à Ana Paula Zonta,
.....................Para que no novo adormecer;
.....................Nossos sonhos estejam floridos..
.....................de vazio...
.....................(...)
.....................à M.P
........................descobriram-nos vazio...

Entre os sonhos farpados
(...)
cortam, furam, amordaçam...
desperto distante(angue)
"Mau Despertar"
ao meu lado!
pulmão, figado
(...) Coração
orgãos...
(...)
"eu"
rasgado.

Estevão Mabilia Meneguzzo

Mau Despertar

Saio do sono como
de uma batalha
travada em
lugar algum

Não sei na madrugada
se estou ferido
se o corpo
tenho
riscado
de hematomas

Zonzo lavo na pia
os olhos donde
ainda
escorre
uns restos de treva.

Ferreira Gullar.

2 commentaires:

poeira que fica a dit…

vazio vazio
noite sem son(h)o.
dia sem despertar.

:*

romulo de almeida portella a dit…

os primeiros versos vão correndo uns para os outros a seguir. fica um encadeamento lírico, chega-se a um ponto cheio de fluência.

as outros,finais, em clave diferente, se relacionam com os primeiros. como se os explicasse, em outra altura...a leitura. cria-se um poema que tem dentro a si mesmo, ao que quer dizer que é aberto por um ritmo...atento