4 août 2008

C. imanente, amo-te Azul

Planômeno: É o plano de imanência dos conceitos...

A filosofia é um construtivismo, e o construtivismo tem dois aspectos complementares, que diferem em natureza: Criar conceitos e Traçar planos.

* O problema do pensamento é a velocidade infinita, mas esta precisa de um meio que se mova em si mesmo infinitamente, o plano, o vazio, o horizonte. É necessario a elasticidade do conceito, mas também a fluidez do meio. É necessário os dois para compor "os seres lentos" que nós somos.

-> Os conceitos e o plano são correlativos mas não devem ser confudidos.
Conceitos e Plano:

* O Plano de imanência não é um conceito, nem o conceito de todos os conceitos...
* Os conceitos são como vagas múltiplas que se erguem e que se abaixam...
* Os conceitos são velocidades infinitas de movimentos finito, que percorrem cada vez somente seus próprios componentes.
* Os conceitos são o arquipeélago ou a ossatura, antes de uma coluna vertebral que um crânio. O plano é a respiração que banha estás tribos isoladas.
* Os conceitos são superfícies ou volumes absolutos, disformes e fragmentários, enquanto o plano é o absoluto ilimitado, informe, nem superfície nem volume, mas sempre fractal.
* Os conceitos são agenciamentos concretos como configurações de uma maquina, mas o plano é a maquina abstrata cujo os agenciamentos são peças.
* Os conceitos são acontecimentos, mas o plano é o horizonte dos acontecimentos, o reservatório ou a reserva de acontecimentos puramente conceituais: não o horizonte relativo que funciona como um limite, muda com um observador e engloba estados de coisas observáveis, mas o horizonte absoluto, independente de todo observador, e que torna o acontecimento como conceito independente de um estado de coisas visível em que ele se efetuaria..
* Os conceitos ladrilham, ocupam ou povoam o plano, pedaço por pedaço, enquanto que o próprio plano é o meio indivisível em que os conceitos se distribuem sem romper-lhe a integridade, a continuidade: eles ocupam sem contar (a cifra do conceito não é um número), ou se distribuem sem dividir.
* O Plano é como um deserto que os conceitos povoam sem partilhar.
* São os conceitos mesmos que são as únicas regiões do plano, mas é o plano que é o unico suporte dos conceitos.
* O plano não tem outras regiões senão as tribos que o povoam e nele se deslocam.
* É o plano que assegura o ajuste dos conceitos, como conexões sempre crescentes, e são as conceitos que asseguram o povoamento do plano sobre uma curvatura renovada, sempre variável.
* O plano de imanência é a vaga única que os enrola e os desenrola.
* O plano envolve movimentos infinitos que o percorrem e retornam.
* O plano de imanência não é um conceito pensado nem pensável, mas a imagem do pensamento, a imagem que se dá do que significa pensar, fazer uso do pensamento, se orientar no pensamento.

Imagem do Pensamento:

* Implica uma severa repartição do fato e do direito: o que concerne ao pensamento, como tal, deve ser separado dos acidentes que remetem ao cérebro, ou às opiniões históricas.
* A imagem do pensamento só retém o que o pensamento pode reivindicar de direito. O pensamento reinvidica "somente" o movimento que pode ser levado ao infinito. O que o pensamento reinvidica de direito, o que ele seleciona, é o movimento infinito ou o movimento do infinito. É ele que constitui a imagem do pensamento.

* Os elementos do plano são traços diagramáticos:
* movimentos do infinito...
* direções abstolutas de naturezas fractal
* intuições

* Os conceitos são traços intensivos,
* as ordenadas intensivas do movimento infinito.
* Dimensões absolutas, superfícies ou volumes fragmentários, definidos intensivamente.
* intensões

Reflexões:

Um primeiro caminho para entrarmos nesta imensidão da imanência é o Eterno Retorno Pré-socrático e Estóico...

Pitagoricos, Anaximandro, Estóico, Empédocles...
-> Vão trabalhar com a doutrina do Eterno Retorno, e ela nos introduzira na compreensão do que vem a ser imanência...

Eterno Retorno: É a expressão mais completa do que vem a ser necessidade, a idéia de necessidade se opõe a idéia de liberedade. Onde a liberdade não a necessidade onde a necessidade não a liberdade. Está doutrina ela é absolutamente dentro do campo da necessidade, colocamos um nome de lei da natureza, sempre que pensarmos lei da natureza aparece a idéia de necessidade e a doutrina do eterno retorno, tal doutrina ela pressupõe uma intermitência no tempo, porque é colocada como se o universo existisse um periodo, periodo de tempo, digamos, 10000 mil anos, terminando eles haveria uma conflagração universal, o fogo tomaria o universo.
Completado dez mil anos o universo morre, então está doutrina do eterno retorno pressupõe a morte do universo, este periodo que ele vive é 10 mil anos, completado, ele morre. Mas este universo que morre vai renascer e viver mais dez mil anos e novamente morrer, infinitamente, não a começo, sempre assim, infinito, funcionando por este princípio de intermitência, o que ocorre no interior destes dez mil anos, um gato que mia, uma estrela que explode, um homem que mata outro, uma aranha que tece uma teia, um raio de lua tudo vai acontecer exatamente da mesma maneira, o que acontecer num destes periodos acontece necessariamente da mesma maneira no período seguinte, nao tem variação. Então se faço um gesto, significa que farei infinitas vezes e ja o fiz.. apartir dai aparece uma coisa incrivel, o homem torna-se eterno, eternos nesta intermitência, esta eternidade não pressupõe nenhuma mitologia ou nenhuma mitologia, ou princípio transcendente, se da na leia da natureza aqueles que acreditam no eterno retorno, eles tentam tornar a vida deles mais potente possível porquesabem que isto ira se repetir, nao tem como quebrar esta cadeia mas alguns deles, mas certamente Zeus, está no universo e a existência dele é infinita, sem intermitência, não participa da conflagração, continua existindo, no tem o poder de intervir no acontecimento do eterno retorno mastem o poder de contemplar pois sabe o que vai acontecer ao universo pois observa, mas não tem o poder de transformar nada do que esta ali dentro, impotência dos deuses pagãos para intervir na lei da natureza, os deuses pagaos no conseguem transformar a necessidade, ela é mais poderosa do que eles, não podem modificar as "leis da natureza" cada dez mil anos deste para Zeus da mesma maneira que nós dizemos que ao descer do elevador, eu digo quando estou dentro do elevador que aquilo é o meu presente no caso do elevador se dá quando entro e desco do elevador, o presente de Zeus são os 10 mil anos, chama-se presente cosmico.
Este presente fica nitidamente colocado quando tendo uma extensão, o presente é extenso, não é um ponto matemático que implica passado e futuro, nos humanos que não vivemos este periodo cosmico, nosso presente é menor a extensão. Este presente cosmico = acontecimento é a presença de um corpo num vazio do tempo, presença de um corpo nesta linha infínita do tempo, ele corta ela , da um limite, o presente é o limite que se impoem ao infinito do tempo. O presente nada mais é do que isso.

O tempo é um abismo, porque ao entrarmos nele penetramos em tal infinito que chamamos de acontecimento, este acontecimento é o presente então o presente é necessariamente um Devenir. O presente é um processo, devenir,não é um ponto matematico abstrato..
O presente implica um passado que está colado nele e isto que chama um abismo do tempo, o presente nao sucede o passado ele é simultâneo, tal passado é chamado de virtual e o presente atual, o real passa a ser virtual e atual...

O real virtual:

Nós não podemos pensar o tempo sem pensar este abismo, presente passado, o passado sendo tao real como o presente.. um real virtual e um real atual eles formam o acontecimento. A filosofia Estóica esta atrelada a doutrina do "Eterno Retorno", é o fundamento dela, não necessita de nenhuma mitologia, transcendencia... Talvez eternidade mais bela que possa existir... Esta doutrina do Eterno Retorno gera uma ética, o que se repete é tudo aquilo que voce é, tal doutrina chamaremos de campo da necessidade, lei da natureza onde a repetição é absoluta, sem nenhuma variação... O surgimento do platonismo é o rompimento disso, platão vai romper, e constitui a existência de dois mundos, mundo aqui governado pelo princípio imanente passa a ser a cópia de um mundo superior, ele perde a repetição e ganha a variação, porque agora o princípio que rege o futuro nao é mais imanente e o transcendente, então vai surgir uma nova lei a lei moral. Lei moral? porquê as coisas que estão no mundo o que elas devem fazer é imitar o mundo inteligível, no platonismo aparece nao o que é mas o que deve ser, assim temos a lei moral.

São estas as duas leis que percorrem o universo lei da natureza e lei moral...

Quando dr.poeta retoma a doutrina do eterno retorno, ao constituir sua doutrina ele não reproduz e sim cria uma outra doutrina, Dr. Poeta é aquele que mais detestou a lei, só que a doutrina dele nao recupera o eterno retorno pre-socratico. Dr. Poeta diz que a lei ainda que nós fiquemos iludidos e equivocados a lei não permite a repetição, não permite a repetição e a repetição é a liberdade e a salvação. A questão do Dr. Poeta é afastar do plano da imanência todas estas figuras da transcêndencia, seja as essências seja a consciência.

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