A Descoberta do Mel - Piero di Cosimo, 1505-1510
26 févr. 2009
Risos
O Rei ficou pálido e fechou bruscamente o caderno.
- Deliberem - disse aos jurados, em voz baixa e toda trêmula.
- Há ainda outras provas para examinar, Majestade - disse o Coelho Branco, saltando para perto do Rei o mais depressa que lhe foi possível. - Acabam de encontrar este papel no chão.
- O que há nele? - perguntou a Rainha.
- Ainda não o abri, mas parece ser uma carta escrita pelo acusado a ... alguém.
Deve ser assim, de fato - disse o Rei. - A menos que essa carta tenha sido escrita a ninguém, o que não é habitual.
- A quem é ela endereçada? - perguntou um dos jurados.
- Não há nenhum endereço, disse o Coelho Branco. - De fato, não há nada escrito do lado de fora.
E, desdobrando o papel, acrescentou:
- No final das contas, não é uma carta, é uma composição em versos.
- Estão escritos com a letra do acusado? - perguntou um outro jurado.
- Não, disse o Coelho Branco - e isso é o que há de mais esquisito em toda a história.
O Júri parecia estar muito confuso.
- É que ele imitou a letra de outra pessoa - disse o Rei.
O Júri acalmou-se imediatamente.
- Com perdão de Vossa Majestade - disse o Valete de Copas -, não fui eu quem escrevi esses versos e ninguém pode provar que fui, porque não há assinatura no fim.
- Se você não os assinou - disse o Rei -, isso agrava muito o seu caso. Então, sem dúvida alguma você tinha má intenção porque, se não tivesse, assinaria seu nome, como fazem as pessoas honestas.
A essas palavras, explodiram aplausos: era a coisa menos estúpida que o Rei tinha dito naquele dia.
- Isso prova amplamente a sua culpa - disse a Rainha.
- Isso não prova absolutamente nada - disse Alice -. - Francamente! Vocês nem sabem o que dizem esses versos!
- Leia-os, ordenou o Rei.
O Coelho Branco pôs os óculos:
- Por onde devo começar, por favor, Majestade? - perguntou.
- Comece pelo começo - disse o Rei com gravidade -, continue até chegar ao fim e chegando ao fim, pare.
- Deliberem - disse aos jurados, em voz baixa e toda trêmula.
- Há ainda outras provas para examinar, Majestade - disse o Coelho Branco, saltando para perto do Rei o mais depressa que lhe foi possível. - Acabam de encontrar este papel no chão.
- O que há nele? - perguntou a Rainha.
- Ainda não o abri, mas parece ser uma carta escrita pelo acusado a ... alguém.
Deve ser assim, de fato - disse o Rei. - A menos que essa carta tenha sido escrita a ninguém, o que não é habitual.
- A quem é ela endereçada? - perguntou um dos jurados.
- Não há nenhum endereço, disse o Coelho Branco. - De fato, não há nada escrito do lado de fora.
E, desdobrando o papel, acrescentou:
- No final das contas, não é uma carta, é uma composição em versos.
- Estão escritos com a letra do acusado? - perguntou um outro jurado.
- Não, disse o Coelho Branco - e isso é o que há de mais esquisito em toda a história.
O Júri parecia estar muito confuso.
- É que ele imitou a letra de outra pessoa - disse o Rei.
O Júri acalmou-se imediatamente.
- Com perdão de Vossa Majestade - disse o Valete de Copas -, não fui eu quem escrevi esses versos e ninguém pode provar que fui, porque não há assinatura no fim.
- Se você não os assinou - disse o Rei -, isso agrava muito o seu caso. Então, sem dúvida alguma você tinha má intenção porque, se não tivesse, assinaria seu nome, como fazem as pessoas honestas.
A essas palavras, explodiram aplausos: era a coisa menos estúpida que o Rei tinha dito naquele dia.
- Isso prova amplamente a sua culpa - disse a Rainha.
- Isso não prova absolutamente nada - disse Alice -. - Francamente! Vocês nem sabem o que dizem esses versos!
- Leia-os, ordenou o Rei.
O Coelho Branco pôs os óculos:
- Por onde devo começar, por favor, Majestade? - perguntou.
- Comece pelo começo - disse o Rei com gravidade -, continue até chegar ao fim e chegando ao fim, pare.
John Constable
'His Majesty's Ship "Victory", Capt. E. Harvey, in the Memorable Battle of Trafalgar between two French Ships of the Line'. 1806
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John Constable
I died for beauty, but was scarce
Adjusted in the tomb,
When one who died for truth was lain
In an adjoining room.
He questioned softly why I failed?
"For beauty, I replied.
"And I for truth, - the two are one;
We brethren are", he said.
And so, as kinsmen met a night,
We talked between the rooms,
Until the moss had reached our lips,
And covered up our names.
Adjusted in the tomb,
When one who died for truth was lain
In an adjoining room.
He questioned softly why I failed?
"For beauty, I replied.
"And I for truth, - the two are one;
We brethren are", he said.
And so, as kinsmen met a night,
We talked between the rooms,
Until the moss had reached our lips,
And covered up our names.
25 févr. 2009
One Day in the Life of Andrei Arsenevich - Chris Marker - 2000
Queres um site de críticos? contracampo, cinética, bernardo e companhia... aqui, bom aqui, lapsos...
Duas crianças, Duas Arvores...
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Chris Marker
Shukujo to hige, 1931, A mulher e o seu favorito, Ozu
Hopper, vi você Hopper andando pela sombra ozunesca do meu dia...
foi um instante-infinito.............
ainda é!
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Yasujiro Ozu...
24 févr. 2009
John Huston, The Dead, 1987 .......
Meu caro poeta... Cena final... Monólogo, deixe a neve musicar o poema... poema de muitos corpos perdidos no tempo, na poeira de um jantar a luz............
belissima sua voz... O grito
saltou nos jardins noturnos
um corpo/chuva transbordando vidamor...
Que venha os vestidos pretos... Que venha
As persianas fechadas, é...
você que me atrai, e,
só encontrarei palavras vazias e inuteis
que venha o azul, a neve... branco.... frio.
que venha James Joyce, John huston... a morte!
ultimo filme de um poeta... bonito... Mas sabe que dormi pensando em a sombra de um vulcão?
O inferno... A morte, a expressão
Sua alma [de Gabriel] desmaiava lentamente, enquanto ele ouvia a neve cair suave através do universo, cair brandamente — como se lhes descesse a hora final — sobre todos os vivos e os mortos.
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Estevão Mabilia Meneguzzo,
John Huston
13 févr. 2009
9 févr. 2009
Para um poeta gaudério.
O silencio pousava no ar frio em flores da cunha
era a musica se conjugando com o céu de muitas criações
Nós entre vitor ramil, cartazes e breves divagações
pensavamos na poesia
sentiamos a musica silenciosa
Mar............
era um mar frio que rodeava nossos quentes corações
mergulhamos
hoje ainda chove...
perfeito!
era a musica se conjugando com o céu de muitas criações
Nós entre vitor ramil, cartazes e breves divagações
pensavamos na poesia
sentiamos a musica silenciosa
Mar............
era um mar frio que rodeava nossos quentes corações
mergulhamos
hoje ainda chove...
perfeito!
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Estevão Mabilia Meneguzzo
6 févr. 2009
PÓS - GRADUAÇÃO LATO SENSU EM Formação de Preparador Corporal nas Artes Cênicas
PÓS - GRADUAÇÃO LATO SENSU EM
Formação de Preparador Corporal nas Artes Cênicas
Tomando como base sua experiência de quatro décadas como preparadora corporal, Angel Vianna lança esta nova Pós-Graduação Lato Sensu em Formação de Preparador Corporal nas Artes Cênicas. Este curso proporcionará o contato com diversos preparadores corporais e diretores convidados atuantes no mercado nacional, que buscarão apresentar princípios fundamentais que possibilitam esta parceria. Ao mesmo tempo os alunos terão aulas de experimentação de várias técnicas de corpo, assim como disciplinas teóricas para complementares esta formação.
DISCIPLINAS
Preparação Corporal (com a presença de diretores convidados)
Viewpoints
Laban
Anatomia para o Movimento
Conscientização do Movimento
Análise Funcional do Corpo no Movimento Dançado
Rasa Boxes
Contato-Improvisação
Voz e canto pela técnica de Alexander
Teoria do Corpo na Filosofia
Teoria do Conhecimento
História do Corpo no Teatro Brasileiro
Teatro Musical
O Preparador Corporal e o Mercado de Trabalho
INVESTIMENTO
R$ 410,00 (quatrocentos e dez reais) mensais
Ex-alunos terão desconto de 10%
HORÁRIO e CARGA HORÁRIA
Sábado 9:30h às 16:30h. Horas totais do curso: 378 horas (inicio em 7 de março 2009)
CORPO DOCENTE
Cláudia Mele, Duda Maia, Geórgia Victor, Joana Ribeiro (Professora Convidada Prodoc Capes recém doutor UniRio), Jorge Albuquerque Vieira, Letícia Teixeira, Luciana Bicalho, Márcia Rubin,
Marito O. Forsberg, Paulo Mantuano, Paulo Trajano e Diretores Convidados.
INSCRIÇÕES ABERTAS. Vagas Limitadas.
Informações: tel. 21.2551-0099
Rua Jornalista Orlando Dantas, 2. Botafogo. Rio de Janeiro.
pospcafav@hotmail.com
Formação de Preparador Corporal nas Artes Cênicas
Tomando como base sua experiência de quatro décadas como preparadora corporal, Angel Vianna lança esta nova Pós-Graduação Lato Sensu em Formação de Preparador Corporal nas Artes Cênicas. Este curso proporcionará o contato com diversos preparadores corporais e diretores convidados atuantes no mercado nacional, que buscarão apresentar princípios fundamentais que possibilitam esta parceria. Ao mesmo tempo os alunos terão aulas de experimentação de várias técnicas de corpo, assim como disciplinas teóricas para complementares esta formação.
DISCIPLINAS
Preparação Corporal (com a presença de diretores convidados)
Viewpoints
Laban
Anatomia para o Movimento
Conscientização do Movimento
Análise Funcional do Corpo no Movimento Dançado
Rasa Boxes
Contato-Improvisação
Voz e canto pela técnica de Alexander
Teoria do Corpo na Filosofia
Teoria do Conhecimento
História do Corpo no Teatro Brasileiro
Teatro Musical
O Preparador Corporal e o Mercado de Trabalho
INVESTIMENTO
R$ 410,00 (quatrocentos e dez reais) mensais
Ex-alunos terão desconto de 10%
HORÁRIO e CARGA HORÁRIA
Sábado 9:30h às 16:30h. Horas totais do curso: 378 horas (inicio em 7 de março 2009)
CORPO DOCENTE
Cláudia Mele, Duda Maia, Geórgia Victor, Joana Ribeiro (Professora Convidada Prodoc Capes recém doutor UniRio), Jorge Albuquerque Vieira, Letícia Teixeira, Luciana Bicalho, Márcia Rubin,
Marito O. Forsberg, Paulo Mantuano, Paulo Trajano e Diretores Convidados.
INSCRIÇÕES ABERTAS. Vagas Limitadas.
Informações: tel. 21.2551-0099
Rua Jornalista Orlando Dantas, 2. Botafogo. Rio de Janeiro.
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Cursos Angel Vianna
5 févr. 2009
4 févr. 2009
se tivesse tido coragem, para ;;;
Sua cara está destruída,
seus dentes estão destruídos,
seus olhos estão destruídos,
sua boca, lábios, língua, e garganta,
seu corpo, suas pernas, seu ventre.
Eu sou sua,
e você deve me consolar.
Eu não estou me sentindo bem,
vamos.
Nós estamos quase em casa.
Eu sou sua.
O balanço das árvores,
o vento começa a soprar:
A noite continua.
Seu corpo destruído, seus olhos,
sua lingüeta, sua boca.
Vamos, nós estamos quase em casa.
Eu sou sua.
Uma árvore geme,
está na beira da estrada:
É a tempestade,
que vem com tambores e flautas.
Agora está acima da floresta.
Agora está descendo.
Quando urrar, já estará embaixo.
Lamúrias vêm dos arbustos.
PARTE 13: O Interior e o Exterior
e o Mistério de se Ter Medo do Medo
É como se algo estivesse sendo riscado.
Urra como um cão preso.
Lamenta-se e choraminga.
Escute como choraminga.
Alguém deve tê-lo pisado
com seu salto.
Agora está parando outra vez.
seus dentes estão destruídos,
seus olhos estão destruídos,
sua boca, lábios, língua, e garganta,
seu corpo, suas pernas, seu ventre.
Eu sou sua,
e você deve me consolar.
Eu não estou me sentindo bem,
vamos.
Nós estamos quase em casa.
Eu sou sua.
O balanço das árvores,
o vento começa a soprar:
A noite continua.
Seu corpo destruído, seus olhos,
sua lingüeta, sua boca.
Vamos, nós estamos quase em casa.
Eu sou sua.
Uma árvore geme,
está na beira da estrada:
É a tempestade,
que vem com tambores e flautas.
Agora está acima da floresta.
Agora está descendo.
Quando urrar, já estará embaixo.
Lamúrias vêm dos arbustos.
PARTE 13: O Interior e o Exterior
e o Mistério de se Ter Medo do Medo
É como se algo estivesse sendo riscado.
Urra como um cão preso.
Lamenta-se e choraminga.
Escute como choraminga.
Alguém deve tê-lo pisado
com seu salto.
Agora está parando outra vez.
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