31 mars 2009

Examino cuidadosamente o meu projeto, é irrealizavel
O primeiro plano é para Eisenstein uma entidade, um signo “extático”, que retira o corpo de si mesmo, o espírito de si mesmo, e também do espaço realista dos cem elefantes em plano conjunto. O primeiro plano introduz uma diferença absoluta: “mudanças absolutas de dimensões dos corpos e dos objetos na tela
Um dos primeiros filmes “em primeiro plano” é The Big Swallow (1901), primeiro plano de uma boca que mastiga.
“Quanto mais a mão é (...) subordinada, mais a visão desenvolve um espaço óptico “ideal”, e tende a perceber suas formas segundo um código óptico. Mas este espaço óptico (...) apresenta ainda referentes manuais com os quais ele se conecta: chamaremos tácteis estes referentes virtuais, como a profundidade, o contorno, o modelado, etc. Essa subordinação branda da mão ao olho pode dar lugar, por sua vez, a uma verdadeira insubordinação da mão: o quadro permanece uma realidade visual, mas aquilo que se impõe à visão, é um espaço sem forma e um movimento sem repouso que ela acompanha com dificuldade, e que desfazem a óptica. (...) Enfim falaremos de háptica cada vez que não houver subordinação estreita num sentido ou em outro (...), mas quando a visão por si mesma descobrirá em si uma função de tocar, que lhe é própria e não pertence senão a ela, distinta de sua função óptica. Diremos então que o pintor pinta com seus olhos, mas somente enquanto ele toca com os olhos. E, sem dúvida, essa função háptica pode ter sua plenitude diretamente e de uma vez só, em formas antigas cujos segredos estão hoje perdidos (arte egípcia). Mas ela pode também se recriar no olho “moderno” a partir da violência e da insubordinação manuais” (p. 99). Poderíamos assim ver na paixão pelo primeiro plano, pela visão em primeiro plano, que suprime a profundidade táctil-óptica, uma tentativa de instaurar uma ordem diferente da visão, “háptica”. Os primeiros planos de Vertov e Eisenstein, mas também os de Godard, com os traçados manuais de vídeo e as incrustações desfigurativas.
Os planos, os diferentes valores (ou, como se diz, alturas) de planos surgem quando o ponto de vista da câmera deixa de coincidir com o dos espectadores e começa a jogar com essa parte de cegueira...

28 mars 2009

The kettle's on, the sun has gone, another day.
She oiffers me Tibetan tea on a flower tray.
She's at the door, she wants to score.
She really needs to say.
I loved you a long time ago, you know.
Where the wind's own forget-me-nots blow.
But I just couldn't let myself go.
Not knowing what on earth there was to know.
But I wish that I had 'cause I'm feeling so sad.
That I never had one of your children.
Across the room, inside the tomb, a chance has waxed and waned.
The night is young, why are we so hung up in each other's jeans?
I must take her.
I must make her while the dove domains.
And feel the juice run as she flies.
Run my wings under her sighs.
As the flames of eternity rise.
To lick us with the first born lash of dawn.
Oh really my dear I can't see what we fear.
Standing here with ourselves in between us.
And at the door, we can't say more, than just another day.
And without a sound, I turn around, and walk away.

24 mars 2009

De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça. Amor não é amor
Se quando encontra obstáculo se altera
Ou se vacila no mínimo temor.

Amor é um marco eterno, dominante
Que encara a tempestade com bravura
É astro que norteia a vela errante
Cujo valor se ignora, lá na altura

Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfange não poupe a mocidade
Amor não se transforma de hora em hora

Antes se afirma, para a eternidade
Se isto é falso, e que é falso alguém provou
Eu não sou poeta, e nínguém nunca amou.
Como imperfeito ator que em meio à cena
O seu papel na indecisão recita
Ou como o ser violento em fúria plena
A que o excesso de força debilita
Também eu, sem confiança em mim me esqueço
No amor de os ritos próprios recitar
E na força com que amo me enfraqueço
Rendido ao peso do poder de amar
Oh! sejam pois meus livros eloquencia
Augures mudos do expressivo peito
Que amor implorem, peçam recompensa
Mais do que a voz que muito mais tem feito
Saibas ler o que o mudo amor escreve
Que o fino amor ouvir com os olhos deve.

22 mars 2009

http://www.youtube.com/watch?v=YX4RMHUsuls

18 mars 2009

que beleza.,

Eu quero a solidão, a mais vasta e profunda solidão.
Cansei do amor, essa prisão disfarçada em afetos, do ciúme enfraquecedor, da servidão.
Vou me perder no meu mais profundo abismo chamado nínguem e viverei de meus restos fatigados do olhares alheios.
E todas as minhas ações serão só minhas, meu egoísmo todo meu, meu orgulho e nada mais.
Cansei de dividir-me, entregar-me, de trocas, acertos, tratos e destratos. De ser para o outro.
Acaso não é livre o amar?
O amor é o afeto mais corruptível, ilude a alma com devaneios febris.
A maior alegria é caminhar vazio.
Eu que já tanto andei e em vão procurei me encontrar quero permanecer muda, só, com meu olhar distante.
Serei para sempre a incógnita, a sombra, a voz que ressoa pelo palco vazio.
O artista louco, insano, violentado pela vida dos outros.
Cuspo no chão dos amantes. Serei para sempre triste.

bonita não?

14 mars 2009

são ondas.... todas ondas... onda
...sobretudo sua delicadeza era violenta....
ondas, ondas, ondas, ondas
ondasondasondasdonasdonasdondasdonosndonasodnoansdnoansodn
aosndoansdoansodnoasdasndoanodnasodnondasondasondasondas
ondasondasondasonasdnondasdondasondasonadsaondaonaosndodnasndpadn[a
dnaosdnasdnadondwonasdondasondasondasondasondasodnoasndsa
...
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8 mars 2009

jubilee 1978