18 mars 2009

que beleza.,

Eu quero a solidão, a mais vasta e profunda solidão.
Cansei do amor, essa prisão disfarçada em afetos, do ciúme enfraquecedor, da servidão.
Vou me perder no meu mais profundo abismo chamado nínguem e viverei de meus restos fatigados do olhares alheios.
E todas as minhas ações serão só minhas, meu egoísmo todo meu, meu orgulho e nada mais.
Cansei de dividir-me, entregar-me, de trocas, acertos, tratos e destratos. De ser para o outro.
Acaso não é livre o amar?
O amor é o afeto mais corruptível, ilude a alma com devaneios febris.
A maior alegria é caminhar vazio.
Eu que já tanto andei e em vão procurei me encontrar quero permanecer muda, só, com meu olhar distante.
Serei para sempre a incógnita, a sombra, a voz que ressoa pelo palco vazio.
O artista louco, insano, violentado pela vida dos outros.
Cuspo no chão dos amantes. Serei para sempre triste.

bonita não?

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